sábado, 20 de outubro de 2012

Será que um dia

Será que um dia...
Águia mais olhos que o Sistema
Rola-bosta enterrar mais que a guerra
Formiga cortar mais que DDT no Vietnã
Tamanduá-bandeira matar mais que navalha
Anta mais pesada que bala
Urubu cheirar mais que radiação
Caranguejeira engolir mais que lixo
Medusa mais sistêmica que veneno
Carapanã sugará mais que o estado
Caninana mais rasteira que a lei
Arraia-de-fogo com mais espora que Rei
Jacaré-açu morder mais que o latifúndio
Peixe-elétrico mais força que cartórios
Ariranha mais silêncio que cidades
Onça mais feroz que estradas
Lobo uivará mais que fábricas
Escorpião picar mais que dinheiro
Abelha ferroar mais que bancos
Minhoca digerir mais que crise econômica
Barata infectar mais que burocratas
Papagaio com mais letras que “datilografistas”
Cigarra mais cultura que a massa
Morcego mais marcas que as doutrinas
Lagartixa grudar mais que “ignorãça”
Camaleão mudar mais de pele que “herói”
Maritaca mais barulho que a mídia
Será que um dia...
em terra água, ar
Gente viver a vida!

(Iberê Martí)

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Encontro Nacional de formação da CPT

Acontece em Luziânia- GO o Encontro Nacional de formação da CPT, entre os dias 17 e 20 de outubro. 
O tema do evento será "De onde vem e para onde vai o campesinato brasileiro" com uma perspectiva de segunda leitura: "De onde vem e para onde vai a CPT"
O Encontro reúne 70 agentes da CPT de todos os estados do Brasil, no Centro de Formação Vicente Cañas.
No primeiro momento do Encontro, os representantes dos regionais da CPT apresentaram um pouco da realidade das categorias sociais com as quais eles trabalham e acompanham na base, suas dificuldades, suas principais lutas e, também, suas conquistas e boas experiências comunitárias.


Com ajuda dos professores Jadir Pessoa, da Universidade Federal de Goiás (UFG), e Leonilde de Medeiros, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), os agentes da CPT estão refletindo sobre o processo de formação do campesinato no Brasil, suas particularidades e como esse processo se expandiu por todo o país. Amanhã, dia 19, o encontro terá a assessoria do engenheiro agrônomo e assessor da Via Campesina, Horácio Martins, para refletir o futuro do campesinato e a atuação da CPT nesse caminho.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Intercambio cultural: comunidade escolar e comunidade indígena



                                                                          
                                                                                                                    por Maria Benvinda e Justiniano Sales

No ano de 2011 entre os meses abril e novembro, foi realizado na cidade de Porto Alegre do Norte – MT o Projeto Intercambio Cultural, o objetivo do mesmo era ter uma visão geral dos Povos Indígenas.  Os professores de história, língua portuguesa e educação física da Escola Estadual Alexandre Quirino de Souza e as escolas indígenas do Povo Tapirapé - Tapi’Itawa - participaram da realização.
Foram feitas pesquisas bibliográficas e de campo, produção de texto, documentários e um intercambio cultural. Esse intercambio se deu por meio de visita dos alunos da escola Alexandre Quirino de Souza a aldeia Tapirapé, e em um segundo momento, os alunos indígenas vieram conhecer a escola em questão.
A mobilização da Escola Alexandre Quirino de Souza, possibilitou para o entendimento desses povos, o reconhecimento da sua cultura. A verbalização dos pré-conceitos arraigados em relação ao índio despertou a curiosidade e quebrou paradigmas, corroborando assim para troca e manifestação intelectual e artística das comunidades em questão, bem como o reconhecimento dos povos indígenas e de seus direitos.
Para a comunidade Porto-alegrense foi um momento de grande aprendizado e de troca simultânea de culturas. A preservação da língua, a vida comunitária, os costumes, o gosto pela arte e, o jeito de lidar com a natureza, são fatos observáveis e marcantes no povo Tapirapé.